Sunday, November 05, 2006

LUTA PELA VIDA, CONTRA UMA CULTURA DE MORTE


Pode parecer paradoxal falar de LUTA pela VIDA numa CULTURA de MORTE, neste mundo em que os cientistas se empenham em descobrir novas formas de proteger o homem e debelar as doenças!


Mas, a vida na sua génese é uma luta pela sobrevivência e ao longo de tempos imemoráveis, de várias formas, não só os seres humanos, mas também outros seres, tiveram este drama. Este conceito, visto neste prisma, levar-nos-ia ao puro fatalismo, porém, sendo o homem um ser racional e inteligente, tem conseguido, no decorrer dos séculos, harmonizar essa tendência quase inata e animal de lutar pela sua vida própria, mas também ajudar o seu semelhante e até os outros seres a melhorar as condições de vida! O cristão iluminado pela luz da Fé eleva este esforço, como um elã vital de Deus, dentro de si, no caminho da perfeição!

A Igreja Católica inicia o Mês de Novembro com a exaltação dos santos, nossos irmãos e irmãs, que viveram o seu dia a dia, lutando contra toda a perspectiva de morte, para alcançar a vida.


Como nossa Mãe, ensina-nos que esta vida só tem sentido vivendo na plenitude do Amor Divino, recebido pela graça do baptismo e que esta vida nova nos leva a caminhar na esperança de vir a penetrar na Plenitude de Amor de Deus! 

Esta perspectiva de vida leva-nos a lutar por ela e a ajudar todo o ser a fazer esta trajectória traçada por Deus.
Por isso mesmo, nenhum crente poderá ousar sequer, interromper ou privar uma vida que desabrocha, para a sua plenitude. (Antonio de Oliveira Colimão)

DAMANENSES EM CONVÍVIO

No dia 2 de Agosto, não obstante ser o início da
época alta das férias, cerca de meia centena de
associados da AFDDS e alguns amigos ou simpatizantes
tiveram um dia de convívio, na Pérgula da
Igreja de Caselas, em Lisboa. Vieram do Barreiro,
de Almada, de Amadora, da Linha de Sintra, de
Odivelas, de Tomar e de diferentes partes de Lisboa.
Alguns quiseram celebrar a Eucaristia dominical,
às 10H30, onde foram evocados os nossos
sócios falecidos.
Pelas 13H00, as mesas encheram-se de petiscos
que cada família trouxe para partilhar, com muita
variedade, quantidade e sabores de Damão, de Diu e de Portugal, sem faltar o mais fino e
delicioso vinho… e até, às escondidas um cheinho de «maurá », expressamente trazido de Silvasá!
Para animar o ambiente, os nossos amigos, Manuel Pereira, Stanny Rocha e o Pe Colimão
prepararam um sistema sonoro, com um conjunto de
músicas e canções dos tempos antigos, inglesas, konkanni,
damanense, brasileiras, proporcionando a um
e outro parzinho ocasião para dar um pezinho de
dança !
Das 11H30 até às 17h00, foi um rico tempo de por a
conversa em dia, matar saudades e fazer planos para
o futuro. Também houve tempo para alguns associados
pagarem as quotas e, bem assim, alguns novos
amigos querem fazer-se sócios!
Mais uma vez, ventilou-se a hipótese de numa nova direcção integrar gente nova, pensando
no futuro da Associação e também, no próximo ano de 2010, celebrar o vigésimo quinto
aniversário em que os damanenses, diuenses, os de Silvassá e também os muitos simpatizantes
(cristãos, indus, parsis, goeses, africanos, brasileiros e portugueses) se reúnem.
Um pouco da História da AFDDS. Tudo começou, após um funeral, no Cemitério de Ajuda,
quando, no fim da celebração fúnebre dum dos nossos compatriotas , o Pe Colimão chamou
um pequeno grupo que lá se encontrava e convidou-o, para um reunião na Paróquia da Cruz
Quebrada, onde ele era Pároco e tinha tomado posse, em Outubro de 1983. Desse grupo
faziam parte: Frank Gonsalves, José António do Rosário, Luís Eusébio Gonsalves, Francisco
Machado, Celso Guedes, Cristiano dos Remédios, Emília Colimão, etc, Esse pequeno
grupo de entusiastas foi o embrião da futura Associação(AFDDS), pois toda a gente queria
qualquer coisa semelhante, para se reunir, se encontrar e matar saudades! Num abri e fechar
dos olhos, o grupo já cresceu para além de uma centena e com os familiares perfazia algumas
centenas.
Um encontro informal, em Junho de 1984, encheu o vasto Templo da Cruz Quebrada, com
mais de oitocentos pessoas, damanenses,
diuenses e alguns goeses que tinham laços
em Damão ou porque eram amigos dos
damanenses e diuenses.
Bons velhos tempos, em que os nossos idosos,
casais jovens e mais velhos, muita
juventude e petizada de mãos dadas estavam
dispostos a todo o sacrifício em prol de
Damão, Diu e Silvassá.
Recusaram-se a deixar morrer a cultura indoportuguês:
a sua língua, os seus cantares e os
seus ricos sabores.
Como em qualquer organização humana, houve momentos altos e momentos baixos, uns a
darem-se tudo em prol da nossa cultura indo-portuguesa, para não só fazer a sua divulgação
em Portugal e no Estrangeiro, mas também e principalmente transmitir aos filhos de
Damão e de Diu que nasceram em Portugal.
Em prol de verdade, deve-se assinalar que houve também
quem criticasse, outros que quisessem aglutinar com
outras Associações, tendo a AFDDS sobrevivido a todos
tipos de ataques, vindos de fora ou ainda de dentro!!!
Às vozes malévolas que ainda possam querer saber o que
é que a AFDDS fez por Damão e Diu, não respondemos à
provocação, porque não poucos, quando nós iniciamos esta AVENTURA eles ainda andavam de fraldas…!
O que desejamos e fazemos votos ardentes que a nossa
juventude vindoura, sediada, em Portugal, na Índia
( Damão, Sivassá, Diu, Goa, Bombaim, etc), no Reino
Unido, no Canadá, na Austrália, no Kuwait, Dubai ou
em qualquer parte da zona do Golfo, onde quer que
exista patrícios nossos, de mãos dadas, consigam deixar
a chama a iluminar, sendo um verdadeiro fio condutor
da nossa cultura e herança dos nossos Pais e
Avós, quer sejam eles, damanenses, diuenses, naturais
de Silvassá, os seus descendentes ou ainda amigos e simpatizantes desta grande causa!
Pe António Colimão

Publicada por afdds em 7:30 AM No comments:


Tuesday, June 16, 2009

UMA VISITA RELÂMPAGO

UMA VISITA RELÂMPAGO


Uma vista RELÂMPAGO ao Reino Unido – Leicester e Peterborough – onde o Octávio de Jesus e Pe António Colimão, membros da AFDDS, deslocaram-se, com o intuito de estar com a nossa gente de Damão, apenas duas noites, 3 de Maio, tendo regressado na tarde do dia 5.

O avião aterrou às 13H05 em Luton, onde o Francisco e o Mário estiveram à nossa espera que nos conduziram até Leicester. Nesta cidade, os nossos irmãos e amigos Jimmy e Evon Machado celebravam o seu 25º Aniversário de Casamento. Após a Missa de Acção de Graças, reuniram-se com os seus familiares, amigos e damanenses, cerca de 500, numa secular Igreja protestante, presentemente vendida a um comerciante indú, que a utiliza como um Centro da Comunidade, para eventos festivos…!? Ultimamente é uma constante pela Europa fora as Igrejas serem vendidas…crise da fé!?
Foi uma óptima ideia nós termos passado por esse evento pois conseguimos encontrar, com os damanenses espalhados pelo Reino Unido. O Octávio conheveu alguns parentes seus pela 1ª vez!
Na 2º fª, dia 4, feriado nacional bancário, um grupo de cerca de 20 pessoas, homens, senhoras e jovens, em Casa do Francisco e da Patrícia Fonseca, para um ensaio de cânticos de Damão, Diu, etc. Aliás, esse era o grande objectivo da nossa ida.
Das 10H00 até cerca de 14H00 ensaiamos canções já conhecidas pelo grupo, porém a ideia era como essas melodias poderiam ser levados ao palco. Quem compreende algo de coros sabe que com um ensaio pouco se pode fazer, porém a vontade do grupo era tão forte que sempre se consegui qualquer coisa!
Na tarde desse dia, às 18H00, celebrou-se uma Missa de Acção de Graças e também em louvor da Santa Cruz, uma devoção antiquíssima em Damão que os nossos patrícios transportaram para o Reino Unido. Curiosamente, o dia litúrgico, em toda a Inglaterra, celebrava a Festa de todos Mártires do País. Após a Missa a Comunidade damanense em peso cantou a Ladainha, à maneira antiga, em latim, junto à Cruz no funda da Igreja Paroquial, com os outros cânticos e preces laudatórias à Cruz Gloriosa.
Seguiu-se um jantar partilhado, com mais variados pratos da Culinária Damanense, todos muito bem confeccionados por essas famílias que fazem jus à nossa antiga e rica tradição gastronómica, sinal de que vão conservar para as gerações vindouras.
Fechamos o dia, com um sarau de variedades, sob liderança do Faustino Mendonça que com muita garra e um sentido de humor espontâneo manteve alegre e ansiosa a assembleia.
Houve ditos, música ambiental, o jovem Nigel Fonseca(1ª apresentação em público) executou primorosamente um tema infantil, no Clarinete, que até o Reverendo Prior da Comunidade não se conteve, trauteando a canção. Em seguida, um grupo de pessoas apresentou um teatro em Óss-Dóss, língua damanense, sob um tema actualíssimo, o da imigração duma pessoa idosa de Damão, com o intuito de trabalhar em Inglaterra, que arrancou aplausos de toda a gente. Em particular duas pessoas mostraram dotes de verdadeiros actores; um bailado popular português executado pelos jovens damanenses aí residentes; houve um cheirinho de fado; uma dança de manddó de Damão e os que ensaiaram, na parte de manhã, fizeram uma demonstração da sua capacidade, cantando algumas dessas canções que igualmente arrancaram aplausos.
Era um sonho de há anos, que a AFDDS fizesse uma ponte com Damão ou qualquer Associação Damanense. Proporcionou-se esta visita relâmpago a Peterborough, pois nós temos muito a prender com eles, em especial a unidade e a entreajuda, com todos os damanenses, e acreditamos que a nossa experiência de cerca de 24 anos, como Associação, também lhes pode ser útil.

Publicada por afdds em 7:51 AM No comments:


Friday, February 06, 2009

O Dia 2 De Fevereiro, neste ano foi invernoso, mesmo assim, não podiamos deixar de lembrar o Dia de Damão, por excelência, pois há séculos que os damanenses se reunem para venerar a Senhora das Candeias.Como sempre, também, neste ano fiz alusão de que os cristãos em Damão e fora de Damão, onde quer que encontrem, não se esquecem desta Festa de Apresentação Senhor e da Purificação da Virgem Maria.
Foi engraçado quando fiz alusão a Damão encontrava-se na Assembleia Eucarística uma senhora que tinha visitado Damão, com um Grup+o que tive o prazer de acompanhar, tendo celebrado essa Festa que tocou profundamente os portugueses que nessa noite comemoraram com todos os damanenses.
Este ano, tivemos uma alegre curiosidade, além de muitas crianças, fizemos a Benção dos Bebés!

Publicada por afdds em 12:57 PM No comments:

Wednesday, November 28, 2007

Pergunta/Resposta_4

Senhor Prior,

Ando preocupadíssima, com o problema da fé dos meus. Procurei dar uma educação cristã, nos melhores Colégios Católicos e, hoje, com dor de alma, vejo que eles e elas não vivem e não testemunham a fé que eu via e sentia nos meus pais, avós e tios. Os meus netos actualmente também frequentam os Colégios Católicos, mas não vejo nenhuma mostra da fé. Muitas vezes, pergunto a mim mesma, onde teria eu errado?
Uma avó amargurada e preocupada,
Mariazinha

Avozinha,

Compreendo a sua preocupação que deve ser também de muita gente católica, avós, pais e tios, pois esse ambiente pagão está a minar as nossas famílias cristãs, onde já não se respira a religiosidade e interesse para a vida espiritual.
Eu tenho para mim que não deveríamos procurar ver, onde falhamos no passado, ou culpabilizar, quem quer que fosse, embora isso pudesse até ser de alguma utilidade. Devemos sim assumir que todos nós temos alguma culpa, nem que seja de termos cruzados os braços pelo facto de termos dado uma «boa formação cristã, nos melhores colégios». Igualmente, não seria atitude cristã e sensata cruzar os braços, dizendo que não há nada a fazer.
É verdade que muitos pais, hoje avós, tiveram esta atitude e, se calhar alguns pais no presente, continuam a fazê-lo. Esforçaram-se, com grandes sacrifícios monetários, em dar uma «boa formação cristã, nos melhores colégios», que na prática nem sempre deu grande resultado! Após a vida nos bons Colégios não continuaram na vida cristã. Infelizmente são muitos os jovens e as jovens, hoje adultos, que não têm Deus na suas vidas, talvez O tenham como conceito, como doutrina, mas isso não chega.
Julgo que não devemos culpar os Colégios Católicos. Eles têm uma missão de instruir e educar, mas os pais e as Comunidades não podem ficar descansados. A educação cristã é muito mais do que meter as crianças nos bons Colégios ou na Catequese. É muito importante acompanhá-las no crescimento e na maturidade da fé que são tarefas árduas e morosas, exigindo dos pais e das Comunidades testemunhos da vivência cristã, isto é, não só a vida de oração e a vida sacramental, mas também as acções diárias devem espelhar a nossa ligação com Deus e com os irmãos.
Somos seguidores de Jesus Cristo e isso implica não só ter conhecimentos dos Seus ensinamentos, mas também pôr em pratica a Sua doutrina. É uma pena nós ficarmos apenas no plano conceptual, com boa formação, tendo dificuldade em fazer passar ao nosso coração à nossa vida o que Jesus nos ensinou e o que Ele fez. Além disso, nós os baptizados temos de ter a consciência de que Jesus hoje vive e actua na Sua Igreja à qual nós pertencemos e que nEla o Divino Espírito Santo faz crescer o Seu amor e prepara a nossa Caminhada para o Pai. O próprio Jesus sintetizou os grandes Mandamentos de Deus em duas para nos ajudar a crescer na Fé: «o Amor de Deus e o Amor do próximo». Não basta saber de cor, será ao longo da vida de cada um que nós temos de nos esforçarmos para viver este grande preceito de amor. Como é evidente o nosso Mestre além de nos dar esse Mandamento, deu-nos também outros meios para a nossa santificação, sendo os sete Sacramentos os mais ricos meios que nos ajudam em vários momentos da nossa vida cristã, desde o nascimento até ao último suspiro.
O Prior

Publicada por afdds em 9:58 AM 1 comment:


Pergunta/Resposta_3

Senhor Prior,

Oiço sempre o Sr. Padre a lembrar-nos de que somos baptizados, melhor, de que recebemos a vida divina no baptismo e, por isso, devemos ser santos. Ainda nesta semana ouvi este apelo, mas tenho dificuldade de compreender, pois eu não sou muito de rezar e muito menos de ir sempre a Igreja. Além disso, tenho uma amiga que é toda metida na Igreja, reza e vai à Missa mas, na Universidade é um mau exemplo para toda a gente! Outras vezes, penso se será que a Igreja quer que seja uma Madre Teresa de Calcutá ou uma Santa Teresinha?
Poço esperar alguma resposta para esta católica não muito assídua, mas que não me sinto «NÃO PRATICANTE»,
Juliana

Viva Juliana,
Fico satisfeito de saber que o apelo que faço a santidade de vida faz algum eco nas pessoas e acho que não faço senão a minha obrigação de cristão e sacerdote, isto e, de interpelar a mim mesmo e os outros para a santidade, pois Jesus deu-nos esta nova vida e quer que nós a vivamos, neste e mundo, e um dia na Gloria do Pai.
Mas, Juliana, na tua cartinha dizes algumas coisas que eu gostaria sublinhar. Parabéns por não ser “não praticante”, pois, alguns até se orgulham desse estatuto. Ter alguma vida cristã já é alguma coisa, quase uma pitada desse grãozinho da semente da mostarda de que nos falou Jesus, há semanas, e, pouco a pouco, irás sentir a necessidade de crescer na intimidade de Deus. Sabes Juliana já estás no caminho da santidade! Andas ainda a gatinhar ou mesmo rastejar…! Como sabes, para gatinhar é necessário força e para rastejar também precisa de um chão que ajude a deslizar. Tudo isso se consegue na ORACÃO que é muito mais do que papaguear frases, mas sim deixar que Cristo tome posse do teu coração e um dia, de certeza, que dirás como S. Paulo “já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim”. Juliana já ouvistes e até cantastes essa canção do Pe Zézinho: “Um dia uma criança”? Que as tantas o refrão nos faz cantar: “Amar, como Jesus amou, sonhar, como Jesus sonhou, pensar como Jesus pensou, viver como Jesus viveu!”. Ser santo (a) é imitar Jesus, é deixar que Ele faça parte de mim mesmo (a). Não posso ter uma vida ligado a Deus, enquanto rezo ou estou numa Igreja ou em qualquer parte, e uma outra, em que Deus não tem lugar na minha vida. Só isso e não tem de ser uma Beata Teresa de Calcutá ou uma Santa Teresinha. Elas e eles, são exemplos para nós caminharmos, com Jesus, não nos esquecendo dos irmãos que nos rodeiam. Elas conseguiram, porque não nós? Força Juliana!
Tenho pena de teres um mau exemplo nessa tua amiga, “toda metida na Igreja…”, mas que é um péssimo exemplo de cristã.. Alto lá, Juliana! É certo que atitude da sua amiga é censurável, por isso, se és amiga dela, deves ajudá-la . Também é bom termos presente que, se calhar, ela vive uma luta interior que nós não conhecemos, sendo talvez esta a razão porque ela continua «metida na Igreja, reza e celebra a Eucaristia», pois há almas que fazem tudo isso e não conseguem mostrar a pureza da vida cristã, nas suas acções diárias, mas continuam a lutar. Por isso, antes de mais, tu e eu devemos rezar por ela.

O Prior.

Publicada por afdds em 9:57 AM No comments:


Pergunta/Resposta_2

Senhor Prior,
Não que eu seja «cusca», mas há duas semanas ouvi uma conversa da minha avó com uma grande amiga dela, sobre uns escritos da Paróquia, onde o Prior responde às perguntas das pessoas e que as pessoas gostavam muito. Consegui ler e fiquei muito admirada e bastante elucidada. Só que passaram tantas interrogações na minha cabeça que, de certeza, não consigo escrever. Mas, lembrei-me duma coisa. Não há muito fui ao casamento religioso duma pessoa amiga e qual não foi o meu espanto quando vi o padre vestido de uma forma diferente de habitual e, às tantas uma colega segredou-me dizendo que ele era um homem casado. Será isso possível?
Inês

Viva Inês,
Estando a ler a sua cartinha quase que receei vir uma chuva de perguntas! Às vezes, há conversas boas que vale a pena escutar e ainda bem que provocou curiosidade em ler a nossa Folha. Mas vamos a sua pergunta.
 Nessa celebração do Sacramento de Matrimónio ou de Casamento que a Inês foi uma das convidadas e o que a menina viu, sim, foi um homem vestido pouco diferente do habitual, com uma faixa transversal de ombro à cintura, e que, de certeza, devia ser um homem casado. Pois, desde o início do cristianismo, existe este ministério ordenado na Igreja que se chama Diácono. Foi um ministério que os Apóstolos criaram, logo nos primórdios da Igreja.«Por esses dias, como o número de discípulos ia aumentando, houve queixas dos helenistas contra os hebreus, porque as suas viúvas eram esquecidas no serviço diário. Os doze convocaram, então, a assembleia dos discípulos e disseram:”não convém deixarmos a palavra de Deus, para servirmos às mesas. Irmãos, é melhor procurardes entre vós
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